terça-feira, 29 de junho de 2010

A Música e suas definições

A música como som

Uma definição comum de música é rotulá-la como simplesmente sons organizados, ou os mesmos mais sofisticados. Conceito presente na seguinte afirmação: "a brilhante organização de sons e silêncio". Essa definição é notadamente corrente em meados do sec. XIX em diante, quando se começou a analisar a relação entre som e percepção.

A música como experiência subjetiva

Outra definição comumente usada para música a tem como prazerosa ou melodiosa. Essa visão é usada para argumentar que alguns tipos de organizações sonoras não são música enquanto outros a são.

Desde que a abrangência para o que é aceito como música varia de cultura para cultura e de tempos em tempos, outras versões elaboradas dessa definição admitem algum tipo de evolução musical de caráter cultural ou social. Essa definição foi predominante no sec. XVIII, quando, por exemplo, Mozart preconizou que a "música jamais deve esquecer-se, jamais deve deixar de ser música".

A música como previsão

Não tão comum é a definição cognitiva do que seria música. Para esta concepção a música não é meramente som ou a percepção deste som, mas maneiras pelas quais percepção, ação e memória são organizadas. Essa definição é influente nas ciências cognitivas, que procuram localizar as regiões do cérebro responsáveis por relembrar e analisar os diferentes aspectos da experiência musical. A definição inclui em si a dança.

A música como construção social

Teorias pós-modernas concebem que a música, assim como a arte, é definida primeiramente por seu contexto social. De acordo com essa visão, a música é o que as pessoas chamam de música, seja um período de silêncio, algum tipo de som ou sua performance. O trabalho de John Cage, 4'33'', é baseado nessa concepção de música

A música como fonte histórica

A música passa a ter um caráter de fonte histórica, quando os compositores transmitem através das letras seus elogios ou indignações sobre determinados fatos históricos.

Por conta dessa variedade de definições, o estudo da música é igualmente caracterizado pela diversidade. Esses estudos podem ser do som, da vibração e/ou acústica, o estudo cognitivo da música, de teoria musical e performance prática ou ainda teoria musical na etnomusicologia, e o estudo da recepção e história da música, geralmente, chamado de musicologia.

A música como manifestação Estética

Tratasse de uma concepção amplamente difundida, na qual a Música é entendida como uma complexa organização dos fenomênos acústicos com o objetivo de alcançar um fim estético. Este conceito tem como base a observação dos vários periodos históricos da música, onde em cada um deles, os musicos se apropriavam de determinados "matériais", para assim manipulamos e, chegar a uma obra artística de acordo com suas idéias estéticas. Exemplos desta concepção encontraremos deste o Faux-bourdon da música Medieval até as estruturas micro-contrapontisticas de Ligeti, passando pela elaboração expressiva dos intervalos musicais no modalismo de Monteverdi até os estudos dos timbres com Debussy.

Fonte: Site da OMB-RS

Extraído de: http://www.omb-rs.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7&Itemid=1

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